quinta-feira, 14 de julho de 2011

"O tempo da cura tornou a tristeza normal"

Demorei um pouco pra ter coragem de tocar nesse assunto. Talvez por medo de sofrer ainda mais ou por pura falta de aceitação. Apesar de ser, odeio o rótulo de chorona e frágil. Mas, nesse caso, não deu pra esconder o quanto eu fiquei fragilizada.
Dia 8 de julho de 2010. O dia que perdi a pessoa que mais acreditava em mim. Pra ela eu sempre fui a melhor em tudo: a mais bonita, a mais inteligente, a mais engraçada, a menina que tinha os olhos negros mais raros do mundo. Pouca (ou nenhuma) gente tinha o poder de me botar tão pra cima. Tudo o que eu fazia era o máximo pra ela. E eu nunca tive a oportunidade de fazer o mesmo por ela.
Independente até o último fio de cabelo, nunca precisou de ninguém pra se divertir. Sentava no sofá, abria um vinho e lá ficava, feliz da vida. Aos 50 anos, era cheia de planos. Cheia de vida. Forte. Vaidosa, nunca saia de casa sem se arumar por, pelo menos, uma hora. Teimosa até dizer chega, era difícil tirar algo da cabela dela ou fazê-la admitir que estava errada (eu é que sei!). Se ela queria, ela conseguia. Sobravam-lhe defeitos, mas as qualidades vinham em dobro.
Nunca teve filhos, então eu tomei a liberdade de me considerar com se fosse. E não poderia ter tido 2ª (?) mãe melhor.Madrinha sempre presente. Dava bronca na minha mãe quando eu ficava até tarde na rua. Não gostava que eu saísse durante uma ventania por medo de que algo caísse na minha cabeça, vê se pode. Realizou meu sonho de infância: me deu um cachorrinho. E ele não poderia ser diferente do que é: cheio de personalidade, assim como ela.
Teve um fim que não merecia. Doloroso, tendo que depender de alguém para fazer tudo. Não queria que ninguém a visse. Eu, por respeito ou covardia, atendi a sua vontade. Hoje me arrependo. Não tive a oportunidade de dizer o quanto a amava e o quanto ela significava pra mim. Daria tudo pra ter a chance de agradecer por tudo que ela fez por mim.

sábado, 17 de julho de 2010

Ciclo vicioso.

E hoje, mais do que nunca, tive a certeza de que a vida é um ciclo vicioso que nunca mudará se você não se mexer. Os erros tendem à repetição. E a sua inércia, tão confortável e segura, só faz a tendência se confirmar.
Eu, mais do que ninguém, sei o quanto é difícil abandonar uma rotina certa, previsível e aparentemente saudável. Quando você finalmente tiver coragem de largá-la verá o quão insalubre ela era e redescobrirá a sensação maravilhosa de não saber como vai ser o próximo dia, das borboletas na barriga, da imprevisibilidade. E, quando finalmente você largar a sua insalubre rotina, algo acontecerá e te puxará para uma outro rotina. Cuidado! A nova tem grande possibilidade de ser idêntica a outra.Você é a mesma pessoa de antes, por isso suas escolhas, se não forem pensadas, serão parecidas com as anteriores. Por isso pense e mexa-se! Saia da sua zona de conforto! Não se deixe levar por certas situações achando que dessa vez será diferente. Não vai ser. Mexa-se, ou você acabará mergulhando de cabeça na sua antiga- porém com novos sujeitos- rotina. Aí já vai ser tarde demais. Você estará de volta ao ciclo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Grosseria gera grosseria.

Tá que eu não sou a pessoa mais educada do mundo. Tenho umas falhas muito grandes nesse aspecto, do tipo saber quem atendeu um telefonema meu e pedir direto pra chamar a pessoa com quem quero falar, sem nem perguntar como a outra pessoa vai. Mas isso se deve mais à minha timidez do que à minha educação propriamente dita. Então, eu posso dizer que, no geral, eu sei como tratar alguém. E eu sei que a forma como fui tratada recentemente não foi educada. Me deixou chateadíssima na hora. Tudo bem que eu estava super estressada (faculdade, família, TPM), mas achei a grosseria totalmente desnecessária.
Talvez eu seja só um pouco fora da realidade, achando que todos vão ser bonzinhos comigo e, quando alguém frustra essa minha expectativa, eu me importo demais. Acho que o mundo seria muito mais feliz se correspondesse à minha idealização. Enfim, o que interessa aqui é que eu não gostei. Me custou algumas horas de sono.
Mas o mais engraçado dessa história toda é que, hoje, ao conversar com a pessoa autora da grosseria, consegui entender, em parte, a razão da grosseria. Só não sei se ela entendeu o motivo de eu não ter gostado, mas aí são outros quinhentos e eu nem to me importando muito com isso. O que eu estou querendo dizer é que, se não fosse essa conversa de hoje, talvez eu acabasse retribuindo a grosseria, o que não combina muito comigo e que ia acabar gerando mais dor de cabeça. É, acho que vou praticar mais a conversa, coisa que eu não costumo fazer muito, e menos o ressentimento.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sobre a copa.

Vou dizer o que eu acho da Copa: uma ótima oportunidade pra conseguir assistir a um jogo até o final (pra mim é muito difícil!), um ótimo motivo pra tomar umas cervejas no meio da semana sem sentir culpa, e um maravilhoso pretexto pra não ter aula/trabalho (não que eu não goste de ir a aula, mas sabe como é, né, é bom ter um descanso). É, eu, definitivamente, a-do-ro Copa do Mudo. Tirando as vuvuzelas,claro. O coisinhas irritantes. E elas não param! Se ainda fosse só na hora do gol, vá lá... mas nããão, precisa ser o jogo todo!
Só tem uma coisa mais irritante do que as ditas cujas: os brasileiros que torcem pra outro país. Isso me deixa nervosa em um nível que vocês não imaginam (é, eu me irrito com coisas bobas ¬¬). Parece que é cult não torcer pelo Brasil. Vou dar a minha humilde opinião: não é. É brega. Mixplica por que diabos alguém que, visivelmente, não tem nenhuma ligação com o Japão, torceria por ele? E não me venham dizer que é porque gostam da cultura japonesa e tal, porque, até onde eu sei, futebol não é uma característica marcante da cultura nipônica. Pra mim, não tem desculpa, se vc é brasileiro tem duas opções: ou torce pelo Brasil ou não torce pra ninguém.

P.s.: Confesso que torci um pouco pros sulafricanos. Mas é que, né? Tadinhos.
P.s.2: VAMO QUE VAMO, BRASIL \o/

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pra começar [2]

Bom, eu não gostei do post anterior, não achei um bom começo, sentimental demais, exposição demais, enfim, não gostei e pronto. Esqueçamos o outro e vamos a este:


Daí que eu estava dando uma olhadinha no meu e-mail e um com o seguinte assunto me chamou a atenção. O assunto era: "Explosão de pitbull". Eu, como boa adoradora de cães que sou fui dar uma olhadinha e me deparo com o seguinte vídeo:

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Sério, alguém mixplica como esse cidadão dá aula numa Universidade federal!? Alguém explica pra ele que a culpa não é do cachorro (não, pitbull não é um transgênico), mas sim dos donos que os treinam pra brigar e que são tão doentes mentais quanto ele?

Como diz minha professora de penal, o ruim de ser ateia é não ter a quem recorrer numa situação dessas, porque só deus pra salvar a alma desse indivíduo. Oremos.

P.s.: Se formos seguir essa linha, é bom irem providenciando um chip pro meu pinscher também, porque ele é matador.

Pra começar...

Após constatar a minha invejinha das pessoas que tem um blog e que conseguem mantê-lo atualizado e interessante, resolvi, como boa invejosa (ou invejosa boa) que sou criar um só meu, assim... só de pirraça. Só não sei se vou conseguir mantê-lo, mas vamos imaginar que sim.
A minha primeira preocupação foi a seguinte: preciso de um caderno! Sim, porque eu penso melhor escrevendo à mão do que teclando. Então fui até a parte direita do meu armário (o lugar de tudo o que não tem lugar) procurar por um. Eis que, no meio da minha "coleção" de caixa de sapatos, eu me deparo com uma azul. Caixa esta que eu guardo lembranças da minha pré-adolescência e começo da adolescência. Resultado: perdi (ou ganhei) meia hora lembrando de coisas que hoje me deixariam com vergonha. Porém no meio de tantas coisas que me deixaram com vergonha alheia de mim mesma (?) três me chamaram atenção.

A primeira delas foram as cartinhas. Tá, nem tem uma grande quantidade delas, primeiro porque eu nunca tive o hábito de expressar o que eu sinto pelos meus amigos assim, logo meus amigos não sentiam muita obrigação de fazê-lo, segundo porque eu nunca tive muuuuuitos amigos e terceiro porque o orkut surgiu no meio do período em questão, sendo as cartinhas substituídas pelos depoimentos. Voltando as cartinhas que eu achei, me surpreendi com o fato de ainda guardar as escritas por amigos que me decepcionaram, me surpreendi ao lembrar que estou completamente afastada de pessoas das quais eu gosto muito e que, por um motivo que eu não sei, não falo há séculos e me surpreendi com a quantidade de besteiras que a Patrícia me escrevia. uahuahauhauahuah
Porém algo me surpreendeu ainda mais. As cartas escritas por uma pessoa em particular. Pessoa esta que, na época, era quase uma cópia (no bom sentido) de mim, tinhas os mesmos pensamentos, os mesmos gostos, por vezes até os mesmos problemas. Éramos a continuação uma da outra, pouca gente entendia a nossa cumplicidade. Mais surpreendida eu fiquei por perceber que, apesar das muitas mudanças em nossa personalidade, fazendo com que não fiquemos mais tão parecidas, ainda existe uma amizade muito grande, um amor fraternal.

A segunda refere-se a coisas escritas por mim. Basicamente desabafos melosos sobre uma pessoa. Essa é a parte que eu sinto vergonha de mim. Sério, como eu podia achar que eu realmente sentia tudo aquilo? Que eu iria morrer se tal coisa acontecesse ou tal coisa não acontecesse? Será que eu não tinha ninguém pra avisar que eu só tinha 14 anos ?! Será que não tinha ninguém pra me avisar que era impossível sentir aquele amor todo sem nem conhecer a pessoa direito? Enfim, doeu na época, mas hoje eu rio disso com todas as minhas forças...

A terceira e última coisa foi a falta que eu senti de outras coisas (com o mesmo tema sobre outra pessoa ¬¬) que eu escrevia. A falta só durou um segundo, pois eu lembrei que eu as rasguei há uns 4 anos, por ser ridículo demais. Bom, ainda bem que eu rasguei, só assim eu me poupo de saber o quanto eu era idiota. hahahahaha Se era tão ridículo pra uma pessoa de 15 anos, imagina agora. Credo.

Enfim, ficou meio sentimental demais pra pra um blog que não nasceu com essa pretensão. Fiquem tranquilos que não vai ser sempre assim. não desistam de mim.